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domingo, 19 de junho de 2011

Considerações bíblicas acerca do CASAMENTO

Considerações Acerca do Casamento - Eduardo Sousa

Introdução

O capítulo 7 de 1 Coríntios é uma longa resposta de Paulo às perguntas feitas pela igreja de Corinto a respeito da vida conjugal.

“Quanto ao que me escrevestes…” (v.1a)

Neste capítulo encontramos informações imprescindíveis sobre sexualidade e assuntos correlatos. Podemos dividi-lo em duas partes relativas à vida conjugal: nos versículos 1-24, Paulo se dirige principalmente aos casados e nos versículos 25-40, aos solteiros.

Entretanto, podemos ainda fazer a seguinte divisão:

Cristãos casados cristãos (1-11)
Cristãos casados com não-cristãos (12-24)
Cristãos não casados (25-40)

O Casamento

Como era habitual, a igreja de Corinto também estava dividida sobre este assunto, haviam dois grupos extremistas, o primeiro grupo pensava que sexo é pecado, mesmo no casamento. Este grupo defendia o celibato, como um estado superior ao casamento. O segundo grupo, julgava que o casamento não era opcional, mas obrigatório. Para estes o celibato era moralmente inferior ao casamento.

Paulo faz todas as concessões ao ponto de vista deles. Concorda que o celibato é “bom”, e expõe algumas das suas vantagens. Mas considera o casamento como normal. Jamais disse que o celibato é superior ao casamento. Considera o casamento como normal, mas reconhece que há alguns aos quais Deus conferiu um dom especial, devendo eles permanecer solteiros.

“é bom que o homem não toque em mulher” (v.1b)
OBS.: Ao dar preferência ao celibato, ao estado de solteiro, Paulo diverge do pensamen¬to judeu convencional. No judaísmo, o casamento para homens não era uma opção, mas uma obrigação; esperava-se que todo homem jovem se casasse.
- O celibato, ao contrário do casa¬mento, deveria ser mais a exceção do que a regra. O casamento é o meio divinamente designado para dar expressão ao impul¬so sexual. “O homem que escreveu Efésios 5.22, 23, 32, 33, não tinha uma visão ruim do casamento” (Robeltson e Plummer, 133).

Neste contexto tocar refere-se ao casamento. O conceito de Paulo é que os solteiros estão livres para servir a Deus sem as preocupações subordinadas ao estado dos casados. Mas isto não implica que o estado dos casados não seja bom também. Ele disse que o celibato é bom, mas não compulsório, o celibato é permitido, mas não ordenado.

“mas, por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido.”

A regra geral é que o os homens se casem, pois a tentação é grande. A solução certa é que cada um se case.

Neste ponto Paulo também trata da pureza do casamento, pois cada um deve ter sua própria esposa e seu próprio marido condenando aqui a poligamia e a poliandria.
Aqui também é condenado o casamento homossexual, pois fica claro a relação hererossexual. Ainda que a união homossexual se torne legal entre os homens, perante Deus sempre será condenada e abominável.

Paulo ponderou que, entre casar ou ficar solteiro, era melhor casar para manter-se puro e não cair em tentação sexual e emocionais, mas alertava que elas devem ser satisfeitas no relacionamento conjugal, pois conforme a vontade de Deus, o sexo é pra ser desfrutado no casamento.

Motivos para o Celibato
Estado de celibato - 7.26
Dificuldade na vida conjugal - 7.28
Liberdade para o ministério - 7.32-35
Dom e vocação para o celibato - 7.7
Desejo de não casar - 7.39
Evitar aliança com descrente - 7.39
Falta de ocasião (subtendido) - 7.39

Motivos para o casamento
Melhor casar que viver abrasado - 7.9
Não é pecado casar - 7.36
Desejo de casar - 7.39

Deveres no casamento

“O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher. Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e, novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência. E isto vos digo como concessão e não por mandamento.”( vv. 3-6)

O casamento tem suas obrigações. Paulo os lembra de que cada parceiro tem os seus direitos. O termo grego utilizado está relacionado a débito. Paulo concita cada um pagar o que é devido. Cada um deve obrigações ao outro.
Paulo destaca a completa igualdade dos direitos conjugais (7.3,4). O imperativo “conceda” indica o dever habitual.

O esposo faz sua esposa mais feliz, quando paga sua dívida, e cumpre seu dever de marido, tanto relativo à vida conjugal, como moral, social e religiosa. E lembra-se que ela não existe para satisfazer seus desejos. O sucesso do casal está em obedecer a certos preceitos. Não somente pagar a dívida, mas manter um crédito de confiança entre os dois, no seu labor diário. O dever da esposa não é somente fazer saborosas refeições, cuidar da casa, e ser mãe carinhosa. O marido também precisa de seu carinho, de beijos.

Paulo ainda prossegue “A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher” Nem as esposas nem os esposos tem o direito de usar os seus corpos completamente como queiram. Tem obrigações um para com o outro, a chantagem sexual no casamento é um pecado. A satisfação sexual é um direito legítimo do cônjuge. A ausência do sexo no casamento é um pecado.

Vejamos que o Pr. Jaime Kemp comenta sobre a vida sexual do casal

“O apóstolo expressa igualdade entre marido e esposa e ressalta que cada um deve ter como prioridade as necessidades sexuais do outro. Para que isso funcione bem, o casal precisa amar como o amor que vem de Deus, que não procura os seus próprios interesses, tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta. Há períodos em que a esposa não pode corresponder sexualmente ao marido. Um exemplo disso é o período pouco antes e depois do nascimento de um filho. Nesses momentos, o marido deve agir com amor, compreensão e autocontrole. O mesmo pode acontecer quando o marido é acometido por alguma doença. Então, a esposa deverá agir da mesma forma: com amor, compreensão e autocontrole..

O apóstolo não está dizendo que um dos cônjuges pode chegar à sua casa e dizer que vai fazer um jejum sexual para dedicar-se à oração. Esta é uma decisão que só pode ser tomada se os dois concordarem. Quando um dos cônjuges começa a inventar desculpas para não ter relações sexuais é sinal de algo não vai bem. Nesse caso a comunicação é algo fundamental para resolver o problema.

Quando o casal compreende que o ato sexual é para duas que “deixaram”seus pais, “uniram-se”e “tornaram-se uma só pessoa”, que ele é comunicativo, um meio de lhes proporcionar filhos e também prazer, as tentações terão mais dificuldades para atrapalhar o relacionamento.”

A estabilidade do casamento

O matrimonio implica num compromisso mútuo e voluntário que dura até a morte dos cônjuges. A família estável e temente a Deus é a pedra fundamental da comunidade ou nação bem-sucedida. Os lares crentes devem ser modelos da retidão do plano de Deus e a evidência da sua bênção divina.

“Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido” (v. 10)
Paulo reafirma o mandamento do Senhor Jesus (Mt 19.6). Infelizmente, aumenta a cada dia o número de divórcios entre os cristãos. Apesar de biblicamente permitido em circunstâncias específicas tanto para os cônjuges quanto para os filhos.
O divórcio é também um problema espiritual que está relacionado às conseqüências da queda do homem - o pecado e o endurecimento dos corações.

Jesus é enfático ao dizer que o divórcio foi permitido (e não instituído) por Moisés devido à dureza do coração dos homens e de sua obstinação. O divórcio tornou-se uma das maiores manifestações da condição pecaminosa do homem. Quando se permite que a vontade humana prevaleça sobre a de Deus, a semente da obstinação floresce e gera rebelião espiritual, que leva ao endurecimento do coração, provocando morte espiritual e conjugal.

Os solteiros
Paulo traz uma palavra para os solteiros, viúvos e viúvas.
“aos solteiros e viúvos digo que lhes seria bom se permanecessem no estado em que também eu vivo. Caso, porém, não se dominem, que se casem; porque é melhor casar do que viver abrasado.” (v.

Para essas pessoas Paulo tem cinco recomendações, segundo escreveu o Pr. Hernandes Dias Lopes.

1- Permaneça como você está - Se você está solteiro, fique solteiro; se você está casado não saia do casamento (7.26)
2- Não procure casamento (7.27)
3- Esteja prevenido para o fato de que se casar vai sofrer angústia na carne (7.28)
4- Você vai ter preocupações adicionais se você casar (7.32)
5- Você estar com o coração e o tempo divididos se você se casar (7.34).

Conselho para as viúvas
1- Fiquem como vocês estão
2- Se você não agüenta, case-se.
3- Case-se, mas somente no Senhor.

Conclusão.
Nos dias de hoje (e sempre), Satanás está tentando destruir o casamento, o lar e a família. A promoção do sexo, prostituição, homossexualismo, divórcio e concubinato são sinais desse fato; há em tudo isso uma fuga de responsabilidade dos participantes.
Paulo escreveu esse segmento da sua epístola para responder a certas perguntas específicas, sem o propósito de tratar de forma abrangente o assunto do matrimônio. Mesmo assim, os princípios que ele comunica são válidos até os nossos dias.
s�'[ 1 � HI� t-family:"Arial Narrow","sans-serif";mso-bidi-font-family:Arial'>2) Não criar o sentimento de abandono-ausência dos pais ou do pai.
3) Criar os filhos na disciplina e admoestação do Senhor – Ef. 6.4
- É impossível ensinar disciplina sem praticá-la. A vontade submissa a vontade de Deus deve mostrar a prioridade que põe Deus acima de todo outro valor (Lc 22.42).

“ O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que de tão visto ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher.(...).
Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. “É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.”

Desafios para  você Líder contar nas próximas semanas e para se tornar constante no seu lar
a)       Orar junto com a esposa
b)       Jejuarem juntos por um propósito
c)       Leitura da palavra com a família
d)       Declarações de amor para com o cônjuge e com os filhos
e)       Faça um programa juntos, mesmo que seja em casa. Pais x filhos, marido x esposa
f)        Sentem-se a mesa para alimentarem


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